terça-feira, 28 de abril de 2009
Ação de rua da Oi reforça servico de pagamento via telefone celular
Roberto Rittes, diretor de meios de pagamento da Oi (ex-Telemar), tem uma tarefa dupla pela frente. Uma delas é aumentar o uso do Oi Paggo, uma espécie de cartão de crédito pelo celular, nas áreas onde a operadora tem grande participação no mercado de telefonia. A outra é fazer do serviço uma opção para pagar compras na internet.
A incursão pela web começa a ganhar força no fim do mês, quando entra em vigor uma parceria comercial fechada entre a Oi e a Braspag, empresa especializada em processamento de operações de comércio eletrônico. Nos sites em que as transações são executadas pela empresa, o Oi Paggo vai aparecer como opção de pagamento, ao lado das bandeiras tradicionais de cartão de crédito.
Inicialmente, o cartão da Oi estará disponível nos sites dos clientes que a Braspag conquistar daqui para a frente. Mas, aos poucos, a ideia é incluir o serviço na carteira atual da empresa - que inclui Submarino e Mercado Livre.
A outra missão de Rittes é divulgar o Oi Paggo e explicar para lojistas e potenciais clientes como ele funciona. Nas próximas dez semanas, equipes da operadora vão percorrer 21 municípios dos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba para demonstrar o serviço.
O Oi Paggo funciona como um cartão de crédito. Só que, em vez do plástico, o consumidor utiliza o celular para fazer as compras. Se ele for a uma loja onde o serviço é aceito, a conta vai aparecer na tela do aparelho. Para confirmá-la, o cliente digita uma senha. Em vez das máquinas leitoras de cartão (chamadas de POS), o lojista também tem um celular da Oi habilitado para a função de pagamento.
"Queremos mostrar às pessoas como o Oi Paggo funciona e que em algumas situações ele é até melhor que um cartão comum", afirma Rittes, executivo egresso da Brasil Telecom, adquirida pela Oi.
A companhia tem 72 mil estabelecimentos comerciais aptos a utilizar o Oi Paggo. Cerca de 200 mil assinantes da operadora de telefonia usam o meio de pagamento e outros 400 mil estão cadastrados, mas não desbloquearam o "cartão virtual". Os usuários têm um limite mensal de crédito, com base em análise feita pela empresa sobre seu perfil de risco.
O uso do celular como meio de pagamento tornou-se, para a Oi, uma atividade que extrapola os limites da telefonia. Não é com a utilização da rede móvel nas transações de pagamento que a operadora ganha dinheiro com esse serviço. "O tráfego de dados nem é cobrado. O faturamento vem das taxas comuns dos cartões de crédito", explica Rittes.
Mas o serviço também auxilia o negócio de telefonia móvel. O principal destino do crédito fornecido pelo Oi Paggo é justamente a recarga do celular pré-pago. "As pessoas aproveitam o Paggo para adquirir créditos para o celular, ganhando mais tempo para pagar", afirma Rittes. O resultado, segundo ele, é que o uso do telefone aumenta: entre os adeptos do serviço de pagamentos, a compra de créditos para o celular costuma subir 25%.
Valor Econômico 15/04/2009 por Talita Moreira
REF: Convergência Digital - Meios de Pagamento - Estratégia Comercial
PESQUISA APONTA AS TENDÊNCIAS DO MARKETING BRASILEIRO
A Associação Brasileira de Marketing & Negócios (ABMN) criou o ABMN Pesquisa, departamento que vai estudar as tendências do marketing no Brasil. A intenção é elaborar, anualmente, três estudos quantitativos e um mais complexo, também com pesquisa qualitativa. O primeiro deles, encomendado ao Ibope Inteligência, avaliou a imagem do setor no país. Do segundo semestre de 2008 ao início de 2009, foram ouvidas 350 empresas: 77 indústrias de base, 78 de produtos de consumo, 126 de mídia e publicidade e 69 de serviços. Para 73% dos entrevistados, o setor ganhou importância nos últimos três anos (veja o gráfico).
A grande maioria (94%) afirma que as decisões da área têm grande (59%) ou algum (35%) impacto no faturamento e na condução da empresa. Além disso, 54% consideram a participação do marketing estratégica para a sustentabilidade e 62% destacam a importância em inovação e desenvolvimento de negócios.
O Globo 28/04/2009 / mercado competitivo
REF: Pesquisa de Marketing
domingo, 26 de abril de 2009
Saiu no Tribuna de Minas
O fantasma da crise de audiência que assusta a TV aberta pode ser exorcizado com tecnologia. Com o surgimento de novas plataformas, as emissoras planejam ações que envolvem estas novas mídias. No segundo semestre, a Record lança na internet um novo portal que deve valorizar a interatividade com os telespectadores e dividir conteúdo com a televisão. Na Globo, como a internet não é novidade, todas as expectativas estão em cima do que a empresa acredita ser a grande surpresa dos próximos anos: o celular. “No Japão, existem mais de 50 milhões de usuários com aparelhos que captam canais abertos. O Brasil pode chegar a esse número dentro dos próximos cinco anos”, prevê Octávio Florisbal, diretor geral da emissora.
O Brasil já comercializa aparelhos que captam tanto o sinal analógico quanto o digital da TV aberta. Por conta disso, alguns diretores pensam em formatos para determinados programas que favoreçam a exibição de seus produtos nesses receptores. Mas os planos de investimentos não se resumem apenas a melhorar a qualidade de exibição da TV no telefone. A Globo, por exemplo, trabalha em cima de protótipos de telejornais feitos exclusivamente para clientes de operadoras de celular. “Na verdade, tratam-se de sínteses dos nossos próprios telejornais, para quem não pôde assistir. Pensamos em oito edições normais ao longo do dia e algumas especiais, dependendo da necessidade”, adianta Manoel Martins, diretor geral de entretenimento da emissora.
Apostar em internet não chega a ser uma novidade ou ousadia. Mas os números mostram que o investimento vale a pena. Uma pesquisa feita pela Globo aponta que 12 milhões de domicílios contam com banda larga no Brasil. Isso representa quase 22% do número total de residências com TV aberta, que segundo a emissora gira em torno de 55 milhões. A maioria delas, provavelmente, contando com as duas possibilidades. Ou seja: uma pode incentivar o aumento de audiência - ou, no caso da internet, acessos - da outra. “Você praticamente só vê na internet repetição de programas. As pessoas ainda não descobriram a melhor forma de trocar informações entre a TV e o computador”, atesta Lorena Calábria, apresentadora do Dia Dia, da Band.
Lilian Witte Fibe já se aventurou na grande rede. A então âncora do Jornal da Globo deixou a TV aberta em 2000 para apresentar um telejornal online, no Portal Terra. “Eu estava atrás de novidades”, resume. Lorena também apresentou um programa de entrevistas exibido na internet. Mas o curioso é que o Bate-Papo Digital era transmitido online ao vivo e, depois, editado para o canal Multishow. “O mais bacana nisso é a resposta imediata que você tem. A interatividade é uma espécie de termômetro para quem está na frente das câmaras”, lembra.
Para Lilian, a interatividade é um dos segredos para conquistar o público do século XXI, que ela classifica como “antenado” e “logado”. “As pessoas não leem mais jornal na praia. Elas querem se sentir dentro, participando. E a internet possibilita isso”, opina. “Muito antes das emissoras noticiarem o pouso emergencial de um avião em um rio, vários sites deram com fotos e vídeos enviados por internautas.”
Por Márcio Maio ,TV Press - Tribuna de Minas 26/04/2009
O Brasil já comercializa aparelhos que captam tanto o sinal analógico quanto o digital da TV aberta. Por conta disso, alguns diretores pensam em formatos para determinados programas que favoreçam a exibição de seus produtos nesses receptores. Mas os planos de investimentos não se resumem apenas a melhorar a qualidade de exibição da TV no telefone. A Globo, por exemplo, trabalha em cima de protótipos de telejornais feitos exclusivamente para clientes de operadoras de celular. “Na verdade, tratam-se de sínteses dos nossos próprios telejornais, para quem não pôde assistir. Pensamos em oito edições normais ao longo do dia e algumas especiais, dependendo da necessidade”, adianta Manoel Martins, diretor geral de entretenimento da emissora.
Apostar em internet não chega a ser uma novidade ou ousadia. Mas os números mostram que o investimento vale a pena. Uma pesquisa feita pela Globo aponta que 12 milhões de domicílios contam com banda larga no Brasil. Isso representa quase 22% do número total de residências com TV aberta, que segundo a emissora gira em torno de 55 milhões. A maioria delas, provavelmente, contando com as duas possibilidades. Ou seja: uma pode incentivar o aumento de audiência - ou, no caso da internet, acessos - da outra. “Você praticamente só vê na internet repetição de programas. As pessoas ainda não descobriram a melhor forma de trocar informações entre a TV e o computador”, atesta Lorena Calábria, apresentadora do Dia Dia, da Band.
Lilian Witte Fibe já se aventurou na grande rede. A então âncora do Jornal da Globo deixou a TV aberta em 2000 para apresentar um telejornal online, no Portal Terra. “Eu estava atrás de novidades”, resume. Lorena também apresentou um programa de entrevistas exibido na internet. Mas o curioso é que o Bate-Papo Digital era transmitido online ao vivo e, depois, editado para o canal Multishow. “O mais bacana nisso é a resposta imediata que você tem. A interatividade é uma espécie de termômetro para quem está na frente das câmaras”, lembra.
Para Lilian, a interatividade é um dos segredos para conquistar o público do século XXI, que ela classifica como “antenado” e “logado”. “As pessoas não leem mais jornal na praia. Elas querem se sentir dentro, participando. E a internet possibilita isso”, opina. “Muito antes das emissoras noticiarem o pouso emergencial de um avião em um rio, vários sites deram com fotos e vídeos enviados por internautas.”
Por Márcio Maio ,TV Press - Tribuna de Minas 26/04/2009
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Bate papo com Nizan Guanaes
Nizan Guanaes,
presidente da Africa e sócio-fundador do Grupo ABC, falou com a Mídia na edição Abril/602
Isto é Dinheiro : Ser um dos nomes mais comentados da propaganda brasileira incomoda?
Ser o líder, conforme foi mostrado na pesquisa feita pelo Meio & Mensagem, é ao mesmo tempo um privilégio e uma responsabilidade. Você é sempre mais cobrado do que qualquer outro.
Isto é Dinheiro : O que significa ser líder?
Caminhar contra o vento. Porque geralmente o caminho mais fácil todo mundo toma. Quando a Africa decidiu não se inscrever em prêmios, muita gente reclamou. Quando dissemos que íamos montar uma holding brasileira, forte, muita gente duvidou. Quando eu disse que ia delegar poder a um monte de sócios, muita gente não acreditou. E tudo isso foi feito. Então, acho que ser líder é surpreender contrariando expectativas.
Isto é Dinherio : Existe na publicidade um profissional que você considere líder?
Existem muitos, no Brasil e no mundo. No País um exemplo é o Luiz Lara, que tem, ao mesmo tempo, um alto padrão profissional e visão comercial e institucional. Isso para mim é liderança.
Publicado na revista Isto é Dinheiro 22/Abril-2009 602/ano12
sábado, 11 de abril de 2009
Crise ?!? Siga o exemplo da Fórmula 1 , acelere !
Pode uma empresa que passou quatro meses sem dono, sem destino definitivo, fazer um produto perfeito, deixar seus “consumidores” enlouquecidos e provocar a inveja de seus concorrentes? A equipe de Fórmula 1 Brawn GP fez isso. Em meio a crise, a Honda se retirou da categoria em dezembro passado e agora vê sua antiga escuderia chegar na primeira e segunda posição no Grande Prêmio da Austrália, realizado neste domingo. Foi uma grande surpresa para o circo da velocidade. O que isso tem a ver com Marketing? Tudo. Vejamos.
Uma equipe de Fórmula 1 é uma empresa - e das mais lucrativas. Todo ano, uma escuderia com média de 500 funcionários produz um carro novo e disputa 17 corridas durante oito meses. Vender para eles significa vencer ou marcar mais pontos possíveis no campeonato. Com isso, a equipe campeã conquista mais clientes, os patrocinadores. Mas, em tempos de crise, este mundo virou de cabeça para baixo.
Acostumados com dinheiro farto e levando a inovação ao limite, a Fórmula 1 sempre foi o berço de muitas tecnologias que usamos em nossos carros e até em notebooks. Com a crise fazendo um pit stop na categoria, eles tiveram que repensar o negócio. Há tempos os orçamentos que superam os US$ 300 milhões já eram alvo de preocupação da Federação Internacional de Automobilismo. Antes, podia-se treinar quantas vezes quisesse durante o ano e trocar o motor quando bem entendesse.
Neste ano, no entanto, as mudanças foram drásticas para trazer de volta as ultrapassagens e diminuir os custos. Agora, cada piloto pode usar apenas oitos motores nas 17 corridas do ano. Os testes durante a temporada foram banidos, os pneus antigos voltaram e muitos dos apoios aerodinâmicos retirados. É um outro mundo. É um novo cenário, assim como se encontram as empresas hoje em dia.
Há tempos as empresas vivem cortando seus custos. Ainda mais agora, com a crise. E este é o paralelo com a Fórmula 1. Se nas corridas mudaram as regras, na economia mundial o momento também é outro. O que a equipe de Rubens Barrichello fez mostra que é possível vencer a crise. O que eles fizeram? Mantiveram-se trabalhando mesmo diante da incerteza e criaram um novo produto muito competitivo. O próprio piloto brasileiro foi dado como aposentado, mas nunca desistiu.
A equipe Brawn GP soube ler o novo cenário como nenhuma outra equipe e pôde trabalhar no novo carro 15 meses antes de sua estréia, quando a Honda ainda injetava dinheiro na equipe. Mas o dinheiro ficou curto desde dezembro e eles foram os penúltimos a lançarem seus carros. A Honda saiu de cena, deixou de fazer Marketing com a equipe e surgiu uma nova patrocinadora: a Virgin, que angariou a maior mídia, a Brawn GP já é vista por seus concorrentes como campeã do mundo neste ano.
Para você, profissional de Marketing, este exemplo mostra que mesmo afundada numa crise, com pouco dinheiro, sem saber o que lhe reservava no futuro, uma empresa fez o melhor dos 20 carros desta temporada e é candidata a vencer o campeonato mundial. Isso, correndo a mais de 300 km/h. E você, ainda vai continuar em marcha lenta?
Por Bruno Mello / Mundo do Marketing: Publicado em 30/03/2009
terça-feira, 7 de abril de 2009
Aumenta os invetimentos em Marketing On line no Brasil
Os números globais no universo online são "chineses" pela dimensão. Pesquisas apontam a existência de pelo menos 225 milhões de sites no mundo. Por eles navegam mais de 1,5 bilhão de pessoas. E todas as companhias do planeta estão atrás dessa audiência. Os investimentos mundiais em publicidade online devem chegar a US$ 100 bilhões no próximo ano, e as previsões são de que, já em 2012, o meio digital ultrapasse a televisão em aplicação de verbas de anúncios nos EUA, o maior mercado publicitário do mundo.
Esse cenário fez prosperarem as empresas dedicadas a serviços especializados em monitorar resultados de ações de marketing desenvolvidas para a internet. E o Brasil começa a se tornar uma boa alternativa para esse segmento de mercado. Um dos grandes conglomerados de comunicação global, o francês Havas, por meio de seu braço de serviços online, a agência Media Contacts, montou no País um de seus centros de excelência em coleta e análise de dados da internet.
Por causa do sucesso com clientes globais, como a montadora Peugeot, a operadora de telefonia Vodafone e a companhia área Air France, a Media Contacts já até exporta profissionais para atuar em centros similares em outros países, como Espanha e Austrália. "Nos destacamos pela criatividade", diz Luciana Iodice, diretora de Estratégia e Marketing da agência. "Vamos além da simples apresentação de balanços de resultados que contabilizam o número de acessos. Sugerimos ações para potencializar resultados a partir do que avaliamos, e isso encanta os clientes."
O Brasil rouba mercado da Índia, país que, aproveitando sua vasta experiência em prestar serviços de call centers para vários países , tornou-se eficiente na geração dos relatórios sobre o volume de informações produzidos no processo de navegação. O próprio Havas, por exemplo, tem entre seus clientes uma empresa de viagem da Inglaterra que demanda a utilização de mais de 450 mil palavras-chave a serem monitoradas
"Por isso mesmo, até o Havas usa a sua base na Índia para produzir parte desse serviço, porque lá os custos são mais baixos", reconhece Luciana. "Mas nós desenvolvemos programas, como o que otimiza os resultados em serviços de busca, fazendo com que os clientes apareçam entre as primeiras citações nos sites de busca, sem pagarem por isso. Isso valoriza a exportação de nossos serviços." Atualmente, a agência atende, a partir do Brasil, clientes da Europa, Ásia, América do Norte e América Latina, sendo que alguns deles atuam em mais de 11 países, aplicando estratégias criadas no País.
Com o avanço da presença da internet na vida dos consumidores, os gigantes da propaganda mundial - os grupos WPP, Omnicom, Publicis e Interpublic, além do próprio Havas - apostam em inúmeros serviços e softwares que se propõem a medir os efeitos dos anúncios e das ações realizadas na internet. Cada um oferece análise de dados com metodologias próprias. Há muito dúvida sobre a eficiência das métricas para internet entre os anunciantes. Mas há também uma certeza: o universo online veio para ficar.
"O centro de excelência que hoje temos no Brasil, ainda sem similar na concorrência, nasceu quase acidentalmente em 2002, quando começamos a investir na criação de sites corporativos. Montamos uma estrutura e, como ela não decolou no ritmo em que esperávamos, começamos a desenvolver outros trabalhos para potencializar os resultados, já que tínhamos um equipe bem estruturada", conta o diretor-geral do Havas, Ricardo Reis.
A importância do País nos negócios do companhia vem crescendo de tal forma que o presidente mundial do grupo, o espanhol Fernando Rodés, estará por aqui de novo na próxima semana. É a terceira visita em menos de um ano.
O Estado de SP - 06/04/2009
REF: Marketing Digital
Esse cenário fez prosperarem as empresas dedicadas a serviços especializados em monitorar resultados de ações de marketing desenvolvidas para a internet. E o Brasil começa a se tornar uma boa alternativa para esse segmento de mercado. Um dos grandes conglomerados de comunicação global, o francês Havas, por meio de seu braço de serviços online, a agência Media Contacts, montou no País um de seus centros de excelência em coleta e análise de dados da internet.
Por causa do sucesso com clientes globais, como a montadora Peugeot, a operadora de telefonia Vodafone e a companhia área Air France, a Media Contacts já até exporta profissionais para atuar em centros similares em outros países, como Espanha e Austrália. "Nos destacamos pela criatividade", diz Luciana Iodice, diretora de Estratégia e Marketing da agência. "Vamos além da simples apresentação de balanços de resultados que contabilizam o número de acessos. Sugerimos ações para potencializar resultados a partir do que avaliamos, e isso encanta os clientes."
O Brasil rouba mercado da Índia, país que, aproveitando sua vasta experiência em prestar serviços de call centers para vários países , tornou-se eficiente na geração dos relatórios sobre o volume de informações produzidos no processo de navegação. O próprio Havas, por exemplo, tem entre seus clientes uma empresa de viagem da Inglaterra que demanda a utilização de mais de 450 mil palavras-chave a serem monitoradas
"Por isso mesmo, até o Havas usa a sua base na Índia para produzir parte desse serviço, porque lá os custos são mais baixos", reconhece Luciana. "Mas nós desenvolvemos programas, como o que otimiza os resultados em serviços de busca, fazendo com que os clientes apareçam entre as primeiras citações nos sites de busca, sem pagarem por isso. Isso valoriza a exportação de nossos serviços." Atualmente, a agência atende, a partir do Brasil, clientes da Europa, Ásia, América do Norte e América Latina, sendo que alguns deles atuam em mais de 11 países, aplicando estratégias criadas no País.
Com o avanço da presença da internet na vida dos consumidores, os gigantes da propaganda mundial - os grupos WPP, Omnicom, Publicis e Interpublic, além do próprio Havas - apostam em inúmeros serviços e softwares que se propõem a medir os efeitos dos anúncios e das ações realizadas na internet. Cada um oferece análise de dados com metodologias próprias. Há muito dúvida sobre a eficiência das métricas para internet entre os anunciantes. Mas há também uma certeza: o universo online veio para ficar.
"O centro de excelência que hoje temos no Brasil, ainda sem similar na concorrência, nasceu quase acidentalmente em 2002, quando começamos a investir na criação de sites corporativos. Montamos uma estrutura e, como ela não decolou no ritmo em que esperávamos, começamos a desenvolver outros trabalhos para potencializar os resultados, já que tínhamos um equipe bem estruturada", conta o diretor-geral do Havas, Ricardo Reis.
A importância do País nos negócios do companhia vem crescendo de tal forma que o presidente mundial do grupo, o espanhol Fernando Rodés, estará por aqui de novo na próxima semana. É a terceira visita em menos de um ano.
O Estado de SP - 06/04/2009
REF: Marketing Digital
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