Disputa das cervejarias pelo espaço no Carnaval do Nordeste rende discussão e até multa, mesmo após o fim da festa.
TODOS OS ANOS, O CARNAVAL é o principal palco de disputa das marcas de cerveja do País. As companhias entram num leilão aberto pelos espaços nobres nas ruas e avenidas e lançam ações milionárias na busca pela maior exposição possível no período, que concentra 10% das vendas de todo o verão. A capital baiana virou território da Nova Schin. A de Pernambuco, palco da Skol, marca da AmBev. Tentativas de colocar seu bloco na avenida alheia, no entanto, fizeram com que as duas rivais prolongassem o Carnaval de farpas para além da folia.
A Schincariol, que desembolsou R$ 1,85 milhão para ser a patrocinadora oficial do evento, alega que os espaços em torno dos dois circuitos dos trios elétricos que arrastam os foliões eram de uso exclusivo da marca Nova Schin. E acusa a rival de tentar driblar essa exclusividade com uma espécie de marketing de guerrilha.
No Recife e em Olinda, onde é a patrocinadora oficial do Carnaval há anos, a AmBev agiu para proteger o seu espaço, conquistado com o pagamento de patrocínio de R$ 1,5 milhão. A empresa teria entregado aos bares das cidades uma solicitação, por escrito, para que não vendessem nada além de bebidas da AmBev, apurou a DINHEIRO. Com o emblema “Skol Folia”, o pedido parece com um material publicitário, mas faz uma advertência: “A comercialização de qualquer outro produto diferente dos abaixo indicados resultará na apreensão do mesmo.” No material, há fotos das principais cervejas, refrigerantes e isotônicos do grupo.
Executivos da Schin não falam abertamente, mas em conversas reservadas dizem que essa “intimidação é absurda” e entendem ainda que a AmBev não poderia exigir que os pontos na cidade vendessem apenas produtos da companhia.
RESSACA DA FOLIA - Isto É Dinheiro - 08/03/2009
REF: Marketing Promocional - Mercado Cerveja
Nenhum comentário:
Postar um comentário